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miércoles, 27 de julio de 2011

Prisioneiro da Grade de Ferro. (Carandiru pelos detentos)

Vídeo. Sinopse. Comentários.

DiretorPaulo Sacramento 2004 Documentário

Sinopse e observações:
Em um programa de re-inserção são levadas à prisão câmaras de vídeo para ensinarem aos internos. Eles filmaram seu cotidiano no maior presídio da América Latina.
É o sistema carcerário brasileiro visto de dentro: um ano antes da desativação da Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo. O documentário retrata também a ineficiência do sistema carcerário brasileiro, sua falha no processo de re-socialização, e sua falha no sistema de prevenção. Mostra a desobediência a vários princípios constitucionais, principalmente em relação à  dignidade das pessoas.
Apesar de mostrar assassinos, estupradores, ladrões, entre outros, o filme revela que a sua condição de seres humanos não é respeitada e que os prisioneiros são tratados como animais, vivendo em condições desumanas, fazendo que aqueles que retornam à sociedade, estejam ainda piores e mais revoltados do que quando entraram.

A gente pôde assistir a diferentes aspetos da vida deles:
Quando eles ingressaram mudaram suas roupas e tiveram uma palestra onde foram informados do funcionamento da prisão e suas obrigações. Os dividiram em pavilhões, deram uma cartilha e disseram para eles que seriam reeducados. Os que pudessem trabalhar, cada três dias de trabalho teriam um dia menos de pena.
Em as celas tinham quadros de mulheres nuas. Fizeram comentários que os policiais arrancaram muitos.
pessoas que estiveram sem juízo.
um hospital onde a saúde estavaruim de ponta a cabeçae ia para pior.
Se tivessem bom comportamento poderiam ter saidinhas e voltar às segundas. Ao ver aos familiares tinham muita emoção. Recebiam cartas com palavras afetivas no envelope. Os homossexuais eram separados e se prostituíam.
Tinham celas de castigo, isoladas sem nada e outras de seguro amarelo onde estavam como animais.
Desde alguns pavilhões se podia ver parte da cidade (o trem) com um espelho olhavam desde a cela os lugares que não podiam se ver. Tinham códigos para se comunicar.
Mostraram diferentes cultos religiosos.
No pátio tinham ratos.

Suas atividades: Costuram bolas, fazem barrilotes, fazem refrigerantes (Maria Louca).
* Artísticas e culturais: desenhos nas paredes, desenhos tomados das fotografiasaté de Chaplín e Lennon, esculturas, talham madeira e sabões, leituras, aulas...
* Cuidado do corpo: boxe e outros deportes, capoeira.
Com as atividades muitas vezes tiravam o sustento. Também tinham plantas de maconha vendiam droga e faziam facas

Seus sentimentos: As expressões que tome conta são: O fundamental é a paciência, é o portal do inferno, não sabem de direitos, não acreditam que fecharão para melhorar suas condições, os diagnósticos são arbitrários, tem ansiedade, nesse lugar não valem nada, saudade (da casa, da família, da liberdade, tinham o coração triste), solidão, angústia, desespero, é um campo minado, é maldita. Os doutores nos jornais eram vítimas e eles eram atacados.

Uma autoridade disse que a cárcere cumpre o papel de mantê-los fora da sociedade, que se não mudarem as condições sociais, econômicas e de injustiça, a violência aumentaria

Carandiru. Drauzio Varella


Dráuzio Varella, médico cancerologista, Autor do livro Carandiru, relata seu primeiro contato com a Penitenciária em 1989, que foi de gravar um vídeo sobre a AIDS. “Quando entrei e a porta pesada bateu atrás de mim, senti um aperto na garganta”. A imagem dessa visita não saia da cabeça do autor, sendo que ele decidiu-se oferecer a fazer um trabalho voluntário de prevenção à AIDS. Para o autor foi uma experiência imensa os anos que passou junto dos presos. Diz Ter ganhado confiança e andar com liberdade pela cadeia. Além de fazer muitas amizades, ouviu histórias e aprendeu que os presidiários criam novas regras de comportamento com o objetivo de preservar a integridade do grupo.
Descreve alguns detalhes do presídio, tais como: a Divinéia (logo na entrada) é um pátio amplo onde é a parada obrigatória para a Revista Corporal (exceto médicos, diretores e advogados) revistar é um ritual na cadeia; do lado da revista fica a Copa da diretoria. Tudo o que entra ou sai da cadeia passa pela Divinéia. São mais de 7 mil homens na detenção, mas já chegou a conter 9 mil.
A Casa De Detenção de São Paulo foi o maior presídio do país e ficava localizada no bairro do Carandiru. Foi construída na década de vinte e possuía sete pavilhões, onde os presos ficavam soltos durante o dia e à noite eram trancados em suas celas. Os mais afortunados, que possuíam família e dinheiro, conseguiam arranjar uma cela decente, mas os solitários e sem dinheiro, permaneciam em celas pequenas, cheias e imundas onde, desenvolviam-se várias doenças.
O livro narra a convivência do médico Drauzio Varella com a " malandragem ", que dentro da prisão cria um mundo onde os mais perigosos é que ditam as regras e coitado daquele que não obedecê-las...
O pior castigo é sem dúvida a morte, passando despercebida pelos carcereiros que muitas vezes até apoiavam os marginais. É um mundo cão mesmo, cruel e desumano, vivem pior que animais no Zoológico.