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miércoles, 27 de julio de 2011

Carandiru. Drauzio Varella


Dráuzio Varella, médico cancerologista, Autor do livro Carandiru, relata seu primeiro contato com a Penitenciária em 1989, que foi de gravar um vídeo sobre a AIDS. “Quando entrei e a porta pesada bateu atrás de mim, senti um aperto na garganta”. A imagem dessa visita não saia da cabeça do autor, sendo que ele decidiu-se oferecer a fazer um trabalho voluntário de prevenção à AIDS. Para o autor foi uma experiência imensa os anos que passou junto dos presos. Diz Ter ganhado confiança e andar com liberdade pela cadeia. Além de fazer muitas amizades, ouviu histórias e aprendeu que os presidiários criam novas regras de comportamento com o objetivo de preservar a integridade do grupo.
Descreve alguns detalhes do presídio, tais como: a Divinéia (logo na entrada) é um pátio amplo onde é a parada obrigatória para a Revista Corporal (exceto médicos, diretores e advogados) revistar é um ritual na cadeia; do lado da revista fica a Copa da diretoria. Tudo o que entra ou sai da cadeia passa pela Divinéia. São mais de 7 mil homens na detenção, mas já chegou a conter 9 mil.
A Casa De Detenção de São Paulo foi o maior presídio do país e ficava localizada no bairro do Carandiru. Foi construída na década de vinte e possuía sete pavilhões, onde os presos ficavam soltos durante o dia e à noite eram trancados em suas celas. Os mais afortunados, que possuíam família e dinheiro, conseguiam arranjar uma cela decente, mas os solitários e sem dinheiro, permaneciam em celas pequenas, cheias e imundas onde, desenvolviam-se várias doenças.
O livro narra a convivência do médico Drauzio Varella com a " malandragem ", que dentro da prisão cria um mundo onde os mais perigosos é que ditam as regras e coitado daquele que não obedecê-las...
O pior castigo é sem dúvida a morte, passando despercebida pelos carcereiros que muitas vezes até apoiavam os marginais. É um mundo cão mesmo, cruel e desumano, vivem pior que animais no Zoológico.