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viernes, 27 de agosto de 2010

Romantismo. Livro Senhora

O romantismo brasileiro marca o início de uma verdadeira literatura nacional e está intimamente ligado ao processo da independência da colônia. O romantismo se iniciou em 1836 com a publicação de “Suspiros Poéticos e Saudades” de Gonçalves de Magalhães até (1881) quando se publicaram “O mulato” romance Naturalista de Aluísio Azevedo e “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis.
O movimento cultivou romance, teatro e poesia diversificando se as produções artísticas.
As artes assumiram caráter nacional, ainda com distorções que violavam o ponto de vista histórico e antropológico tais como a mitificação do índio. O romance urbano começa a ter proeminência, histórias de mocinhas folhetinescas, bailes, vida mundana, Ética sólida para a construção da moral e erguer uma nação para progresso consolidando a identidade nacional. A liberdade era a impulsora do movimento.
Outros autores:
José de Alencar (Senhora -1875) Castro Alves (Flutuantes-1870) Álvares Azevedo

Señora (1875)
José de Alencar
Trata do tema do casamento burguês, ou seja, baseado no interesse financeiro, por isso pode ser considerada precursora do Realismo ou pré-realista. A mulher é o papel mais importante dentro da sociedade de seu tempo. Aurélia é uma jovem mulher dividida entre o amor e o ódio, o desejo e o desprezo pelo homem que ama.
A caracterização, humaniza a personagem, afastando-a do maniqueísmo romântico e acrescentando-lhe traços realistas.
O conflito entre os protagonistas gera momentos de grande emoção e sofrimento. O enredo nasce entre o desejo de vingança e o desejo de amar. O conflito amoroso entre os protagonistas nasce desse choque entre os sentimentos e o interesse econômico. Aurélia Camargo é uma mulher de personalidade forte, carregada de sentimentalismo romântico. Daí sua contradição, sua personalidade marcada por extremos psíquicos: dá maior valor aos sentimentos, mas vale-se do dinheiro para atingir seu objetivo de obter o grande amor de sua vida, Fernando Seixas. Dessa forma, o dinheiro acaba impondo o valor burguês que lhe era atribuído na sociedade do século XIX. A realização amorosa só se cumpre depois de Aurélia vencer a aparente esquizofrenia que parece conduzi-la á dúvida quanto às intenções de Fernando Seixas.
Há uma evidente critica de uma sociedade que valoriza mais a aparência e o dinheiro que os sentimentos humanos.
O desenlace configura, por si só, a vitória do Romantismo em Alencar sobre a possibilidade realista.
No romance está a necessidade do dinheiro, central de uma sociedade aristocrática e burguesa, obriga personagens a trocarem seus sentimentos por dinheiro. O antagonista, é sempre a sociedade e seus hábitos doentios e seus costumes imorais. Senhora é um romance de costumes. Podemos também considerá-lo como um romance urbano com traços de psicologismo e critica social.