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domingo, 29 de agosto de 2010

O Modernismo - (segunda fase). Conceitos Políticos

O período de 1930 a 1945 registrou a estréia de alguns dos nomes mais significativos do romance brasileiro. Refletindo o mesmo momento histórico e apresentando as mesmas preocupações dos poetas da década de 30 (Murilo Mendes, Jorge de Lima, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Vinícius de Moraes), a segunda fase do Modernismo apresenta autores como José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e Érico Veríssimo, que produzem uma literatura de caráter mais construtivo, de maturidade, aproveitando as conquistas da geração de 1922 e sua prosa inovadora.
Efeitos da crise - Na década de 30, o país passava transformações fortemente marcadas pela revolução de 30 e pelo questionamento das oligarquias tradicionais. Não havia como não sentir os efeitos da crise econômica mundial, os choques ideológicos que levavam as posições mais definidas e engajadas. Tudo isso, formou um campo propício ao desenvolvimento de um romance caracterizado pela denúncia social, verdadeiro documento da realidade brasileira, atingindo um elevado grau de tensão nas relações do indivíduo com o mundo.
Nessa busca do homem brasileiro, o regionalismo ganha uma importância até então não alcançada na literatura brasileira, levando ao extremo as relações do personagem com o meio natural e social. Os escritores nordestinos merecem destaque já que vivenciam a passagem de um Nordeste medieval para uma nova realidade capitalista e imperialista. E nesse aspecto, o baiano Jorge Amado é um dos melhores representantes do romance brasileiro, quando retrata o drama da economia cacaueira, desde a conquista e uso da terra até a passagem de seus produtos para as mãos dos exportadores. Mas também não se pode esquecer de José Lins do Rego, com as suas regiões de cana, os banguês e os engenhos sendo devorados pelas modernas usinas.
O primeiro romance representativo do regionalismo nordestino, que teve seu ponto de partida no Manifesto Regionalista de 1926 (este manifesto, elaborado pelo Centro Regionalista do Nordeste, procura desenvolver o sentimento de unidade do Nordeste dentro dos novos valores modernistas. Propõe trabalhar em prol dos interesses da região nos seus aspectos diversos - sociais, econômicos e Culturais) foi "A bagaceira", de José Américo de Almeida, publicado em 1928. Verdadeiro marco na história literária do Brasil, sua importância deve-se mais à temática (a seca, os retirantes, o engenho), e ao caráter social do romance, do que aos valores estéticos.
Autores:
Cándido Portinari, Graciliano Ramos, Jorge Amado

Conceitos Políticos: Era Vargas
Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos ininterruptos (de 1930 a 1945) a essa época se a conhece como Era Vargas. Essa época foi divisória na história brasileira, por causa das inúmeras alterações que Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas.
No ano 1930 foi proposto para as eleições Getúlio Vargas pela aliança entre Minas Gerais e Rio Grande do Sul, aderiram outros estados, mais se quebrou a aliança com São Paulo e Vargas perdeu as eleições e foi nomeado presidente Júlio Prestes. Um grupo não se conformou e fizeram uma revolução. Para fazê-la buscaram aos tenentes que tinham sido exilados nas três revoltas dos anos vente y poucos. Esses tenentes queriam unidade e estavam contra o sistema oligárquico e tinham idéias próprias. O triunfo da revolta de Vargas foi com a colaboração popular do Nordeste.
O governo se transformou em centralizador, modernizador e autoritário na tomas de decisões.
Teve que enfrentar problemas internos com os tenentes e externos com as elites de São Paulo.
Os paulistas queriam interromper o governo oposto a seus interesses então organizaram uma revolta em 1932, Vargas ganhou nas armas mais os paulistas ganharam nos temas propostos e se fez uma Assembléia Constituinte e uma nova Constituição onde se substitui o voto indireto pelo voto segredo. Nas eleições ganha Getúlio Vargas.
Mudanças da época: Devido à crise mundial foi o momento propício pala toma de decisões importantes.
Foram estabelecidas maiores condições para a cafeicultura regulando a oferta, ampliaram a produção de tecidos já que na conflituosa Europa precisavam deles. Incentivaram o desarrolho industrial para substituir as importações dos produtos que faltavam. Como se precisava de mão de obra mais qualificada se incentivaram os estúdios técnicos e melhorou o ensino. As organizações sindicais mudaram em autoritárias e organizadas de arriba a abaixo. Em essa época surgiram os movimentos sociais de estrema direita inspirado no fascismo e de estrema esquerda comunista os que foram postos na ilegalidade. Em 1935 Carlos Prestes encabeça uma revolta que fracassa e suprimiram os partido políticos, a liberdade de expressão assim começa o Estado Novo. Nos princípios da Segunda Guerra Mundial se mostraram simpatias pela Itália mais depois se inclinaram pelos aliados isso ocasionou a participação na guerra e o bombardeio de naves.
O Estado Novo entra em crise por problemas internos e esternos. A nível mundial começa a idéia de democracia muito mais forte então se procurara apoio nos trabalhadores o que desagradou aos militares.
No ano 1945 foi deposto e disseram que tinha renunciado. O apoio popular permaneceu intacto.

Modernismo

No Brasil o Modernismo tem data de nascimento: 11 de fevereiro de 1922, com a Semana de arte moderna de 1922. Representou uma verdadeira renovação da linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora e na ruptura com o passado. O evento marcou época ao apresentar novas idéias e conceitos artísticos. A nova poesia através da declamação. A nova música por meio de concertos. A nova arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetas de arquitetura. O adjetivo "novo", marcando todas estas manifestações, propunha algo a ser recebido com curiosidade ou interesse. Para os modernistas, simbolizados em Mário de Andrade, a prática da poesia tem que ser (ou tem que ter) uma reflexão consciente dos problemas da linguagem, das suas limitações e possibilidades. Além disso vêem no poeta um sujeito criador consciente do texto literário.
O Modernismo deixou marcas nas gerações seguintes, como se observa, em geral, uma maior liberdade lingüística, a desconstrução literária e o introspectivismo. Estes novos elementos foram muito bem explorados por Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto (um mais lírico, outro mais objetivo, concreto), pelos romancistas de 30, na prosa intimista de Clarice Lispector, pelos tropicalistas e ecoam até hoje na produção contemporânea.
Principais autores: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Joyce Nunes
Primeira geração (1922-1930)
Primeira Fase
Iniciado pelo polêmico manifesto de Oswald, conta com Alcântara Machado, Mário de Andrade (com a publicação de um capítulo de Macunaíma em seu 2º número), Carlos Drummond (3º número, publicou a poesia No meio do caminho); além de desenhos de Tarsila, artigos em favor da língua tupi de Plínio Salgado e poesias de Guilherme de Almeida. Alcântara Machado (1901-1935) Cassiano Ricardo (1895-1974) Guilherme de Almeida (1890-1969) Manuel Bandeira (1886-1968) Mário de Andrade (1893-1945) Oswald de Andrade (1890-1953)
A Primeira Fase do Modernismo foi caracterizada pela tentativa de definir e marcar posições, sendo ela rica em manifestos e revistas de circulação efêmera. Deu-se a necessidade de definições e de rompimento com todas as estruturas do passado foi a fase mais radical, assumindo um caráter anárquico e destruidor. A procura, era o original e o polêmico, com o nacionalismo em suas múltiplas facetas. A volta das origens, através da valorização do indígena e a língua falada pelo povo. O emprego foi de duas formas distintas: a crítica, alinhado a esquerda política através da denúncia da realidade, e a ufanista, exagerado e de extrema direita.

Autores
Mario de Andrade (1893-1945) quem cultivou o relato breve, Primeiro andar (1926) y Contos novos (1946), Os filhos da Candinha (1945). Os romances: Amar, verbo intransitivo (1927) e Macunaíma (1928). A primeira foi escandalosa em seu tempo, narrava a iniciação sexual de um adolescente por uma mulher madura, uma tutora alemã contratada pelo pai do jovem. Na segunda, apresentada como uma rapsódia, é uma dos romances capitais da literatura brasileira. Um alemã, tinha recopilado lendas e histórias de índios amazônicos do Brasil e do Venezuela. No romance, o nativo Macunaíma, era representa, segundo o autor, ao povo brasileiro (sem caráter, e consciência nacional também não).
Oswald de Andrade (1890-1953)
Antropofagia
Em 1912, viajou para Paris, onde, convivendo com a boemia estudantil, entrou em contato com o futurismo e conheceu à mãe de Nonê, seu primeiro filho. De volta a São Paulo, continuou no jornalismo literário. Defendeu a pintora Anita Malfatti de uma crítica devastadora de Monteiro Lobato e fundou o jornal "Papel e Tinta". Em seguida, ao lado de Anita, de Mário de Andrade e de outros intelectuais, organizou a Semana de Arte Moderna de 22. Pelo espírito irreverente e combativo, nenhum outro escritor do modernismo ficou mais conhecido que Oswald. Sua atuação é considerada fundamental na cultura brasileira da primeira metade do século XX.
Publicou "Os Condenados" e "Memórias de João Miramar". Em 1924, iniciou o movimento Pau-Brasil, juntando o nacionalismo às idéias estéticas da Semana de 22. Em 1926, casou com a pintora Tarsila do Amaral, e os dois se tornaram a dupla mais importante das artes brasileiras (Mário de Andrade os apelidou de "Tarsiwald").
1928 Tarsila do Amaral o presenteou com um quadro, lembrou-se de seu dicionário tupi-guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que come). Oswald escreveu o "Manifesto Antropofágico", em que propôs que o Brasil devorasse a cultura estrangeira e criasse uma cultura revolucionária própria. "Tupi or not Tupi: that is the question"
Assim fariam Mário de Andrade em "Macunaíma" (1928) e Raul Bopp em "Cobra Norato" (1931).
Com a crise de 29, Oswald teve as finanças abaladas e sofreu uma reviravolta na vida. Rompeu com Mário, separou-se de Tarsila e casou com a escritora e militante política Patrícia Galvão (a Pagu). Da união nasceria Rudá, seu segundo filho.
Filiou-se ao PCB após a revolução de 1930, quando dirigia o jornal "O Homem do Povo", foi várias vezes detido.
Além de poemas, já lançara o romance "Serafim Ponte Grande" (1933) e as peças "O Homem e o Cavalo" (1934) e "O Rei da Vela" (1937).
Prestou concurso para a cadeira de literatura brasileira na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP com a tese "A Arcádia e a Inconfidência" e, em 1945, obteve o título de livre-docente.
Sua poesia seria precursora de dois movimentos distintos que marcariam a cultura brasileira na década de 1960: o concretismo e o tropicalismo

O Pré-Modernismo

O que se convencionou chamar de pré-Modernismo no Brasil não constitui uma escola literária. Pré-Modernismo é, na verdade, um termo genérico que designa toda uma vasta produção literária, que caractertiza os primeiros vinte anos deste século. É pré-modernista tudo o que rompe, de algum modo, com essa cultura oficial, alienada e verbalista.
Neste período é que se encontram as mais variadas tendências e estilos literários - desde os poetas parnasianos e simbolistas, que continuavam a produzir, até os escritores que começavam a desenvolver um novo regionalismo, alguns preocupados com uma literatura política, e outros com propostas realmente inovadoras. É grande a lista dos autores que pertenceram ao pré-Modernismo, mas, indiscutivelmente, merecem destaque: Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos.
Assim, pode-se dizer que essa escola começou em 1902, com a publicação de dois livros: "Os sertões", de Euclides da Cunha, e "Canaã", de Graça Aranha, e se estende até o ano de 1922, com a realização da Semana de Arte Moderna.
Apesar de o pré-Modernismo não constituir uma escola literária, apresentando individualidades muito fortes, com estilos às vezes antagônicos - como é o caso, por exemplo, de Euclides da Cunha e Lima Barreto - percebe-se alguns pontos comuns entre as principais obras pré-modernistas:
a) eram obras inovadoras, que apresentavam ruptura com o passado, com o academicismo;
b) primavam pela denúncia da realidade brasileira, negando o Brasil literário, herdado do Romantismo e do Parnasianismo. O grande tema do pré-Modernismo é o Brasil não-oficial do sertão nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios;
c) acentuavam o regionalismo, com o qual os autores acabam montando um vasto painel brasileiro: o Norte e o Nordeste nas obras de Euclides da Cunha, o Vale do Rio Paraíba e o interior paulista nos textos de Monteiro Lobato, o Espírito Santo, retratado por Graça Aranha, ou o subúrbio carioca, temática quase que invariável na obra de Lima Barreto;
d)difundiram os tipos humanos marginalizados, que tiveram ampliado o seu perfil, até então desconhecido, ou desprezado, quando conhecido - o sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários públicos, o mulato;
e) traçaram uma ligação entre os fatos políticos, econômicos e sociais contemporâneos, aproximando a ficção da realidade.
Esses escritores acabaram produzindo uma redescoberta do Brasil, mais próxima da realidade, e pavimentaram o caminho para o período literário seguinte, o Modernismo, iniciado em 1922, que acentuou de vez a ruptura com o que até então se conhecia como literatura brasileira.

Realismo-Naturalismo. Conceitos Políticos

Realismo
A partir da extinção do tráfico negreiro, em 1850, acelera-se a decadência da economia açucareira no Brasil e o país experimenta sua primeira crise depois da Independência.
O contexto social que daí se origina, aliado à leitura de mestres realistas europeus como Stendhal, Balzac, Dickens e Victor Hugo, propiciarão o surgimento do Realismo no Brasil. Assim, em 1881, Aluísio Azevedo publica "O Mulato" (primeiro romance naturalista brasileiro) e Machado de Assis publica "Memórias Póstumas de Brás Cubas” (primeiro romance realista do Brasil).
O realismo foi um movimento artístico e cultural que se desenvolveu na segunda metade do século XIX, procura utilizar a palavra como força política, e através da descrição denuncia as desigualdades e desmandos de sua época.
A característica principal deste movimento foi abordagem de temas sociais e um tratamento objetivo da realidade do ser humano.
Possuía um forte caráter ideológico, marcado por uma linguagem política e de denúncia dos problemas sociais como, por exemplo, miséria, pobreza, exploração, corrupção entre outros. As instituições sociais são criticadas, assim como a Igreja Católica e a burguesia. Nas obras literárias deste período, os escritores também criticavam o preconceito, a intolerância e a exploração. Sempre utilizando uma linguagem direta e objetiva.
Com uma linguagem clara, os artistas e escritores realistas iam diretamente ao foco da questão, reagindo, desta forma, ao subjetivismo do romantismo.
Principais autores: Machado de Assis. (Dom Casmurro, O Alienista, Quincas Borbas, Crítica a O crime do Padre Amaro do Sr. Eça do Queirós)
Conheceu-se o surgimento de duas correntes formalistas importantes que pregam a arte pela arte (em oposição ao Realismo), mas impõe regras formais rígidas (e nesse sentido serão superados pelo Realismo). Na prosa, essa corrente formalista é representada por Rui Barbosa e Coelho Neto.
Os dois movimentos formalistas importantes que chegam ao Brasil são: o simbolismo e o parnasianismo.
1. Simbolismo é um movimento literário surgido na França, na segunda metade do século XIX, como oposição ao Realismo, pois procurou combater a obsessão cientificista dos realistas, através da retomada do subjetivismo e do espiritualismo (banidos da literatura pelo objetivismo realista). No Brasil o marco simbolista é a obra Broquéis, de Cruz e Sousa. As idéias parnasianas, também francesas chegam pelas mãos dos escritores Artur de Oliveira
(1851-1882) e Luís Guimarães Júnior (1845-1898).
2. O parnasianismo é apresentado ao público carioca em 1878 durante uma polêmica em versos, travada em jornais da cidade, conhecida como Batalha do Parnaso, na qual o romantismo é atacado e os novos valores exaltados.Principais autores: Simbolistas: Cruz e Sousa, Alphonsus de Guimaraens; parnasianos: Olavo Bilac, Raimundo Correia, Vicente de Carvalho, Alberto de Oliveira, Francisca Júlia

O Naturalismo
Os períodos literários chegaram com algum atraso em relação à Europa, o Naturalismo desembarca no mesmo ano que o Realismo, ainda que seja uma evolução (ou seqüência) deste, foi um movimento cultural relacionado às artes plásticas, literatura e teatro. Surgiu na França, na segunda metade do século XIX. Este movimento foi uma radicalização do Realismo, uma de seus correntes, onde a objetividade está presente, porém sem o conteúdo ideológico.
Características do Naturalismo
- O mundo pode ser explicado através das forças da natureza;
- O ser humano está condicionado às suas características biológicas (hereditariedade) e ao meio social em que vive;
- Forte influência do evolucionismo de Charles Darwin;
- A realidade é mostrada através de uma forma científica (influência do positivismo);
- Nas artes plásticas, por exemplo, os pintores enfatizam cenas do mundo real em suas obras. Pitavam aquilo que observavam;
- Na literatura, ocorre muito o uso de descrições de ambientes e de pessoas;
- Ainda na literatura, a linguagem é coloquial;
- Os principais temas abordados nas obras literárias naturalistas são: desejos humanos, instintos, loucura, violência, traição, miséria, exploração social, etc.
Naturalismo no Brasil
Este movimento chegou ao Brasil no final do século XIX. Os escritores brasileiros abordaram a realidade social brasileira, destacando-se o preconceito, a diferenciação social, entre outros temas. O principal representante do naturalismo na literatura brasileira foi Aluisio de Azevedo. Suas principais obras foram: O Mulato, Casa de Pensão e O Cortiço. Outros escritores brasileiros que merecem destaque: Adolfo Caminha, Inglês de Souza e Raul Pompéia. Outros escritores brasileiros que merecem destaque: Adolfo Caminha, Inglês de Souza e Raul Pompéia.

Conceitos Políticos:
O período abarca os últimos anos do Imperador Dom Pedro e a República Velha.
Últimos anos do Segundo reinado.
D. Pedro II interveio na política ou militarmente nos vizinhos da região do Cone Sul sempre que sentisse que era de importância estratégica para os interesses do Brasil. Orientando-se no sentido de evitar o fortalecimento da Argentina, Uruguai e Paraguai achando os interesses do Brasil na região perigarem D. Pedro II declarou a guerra e mandou organizar um novo exército no Sul, invadiu o Uruguai e o Brasil se aliou às tropas (em Argentina) do general Urquiza para lutar contra Rosas. Articulou-se um conflito que finalizou com a guerra do Paraguai (1865/1870), o país mais desenvolvido da América. Foi uma guerra que deixou sem homens ao Paraguai, eles defenderam com a vida seu país
Uma forte seca no norte causou muitos mortos (mais que a guerra do Paraguai). Também teve que enfrentar revoltas pelos aumentos dos impostos...
Cresceu a demanda do café e se desarrolharam os meios de transporte determinando uma nova organização dos setores mercantil e financeiro. Montaram-se fábricas desenvolvendo assim às indústrias. Em 1871 se promulgou a Lei do Ventre Livre que dá liberdade aos filhos de escravos nascidos no Brasil.
O que mais favoreceu o crescimento interno econômico foi a solução do problema da mão-de-obra através da imigração européia além da expansão do crédito, através de uma reforma bancária, que deu recursos para a formação de novas lavouras cafeeiras. Em São Paulo, reduziram o custo de transporte para os proprietários das novas lavouras que estavam no interior paulista à expansão das redes ferroviárias.
Diversificaram-se as atividades econômicas estimulando a urbanização. Os investimentos feitos na compra de escravos eram direcionados para a mecanização da indústria e pagamento de salários.
As pessoas ligadas ao café comandavam todos os setores da economia, o que possibilitou a vagarosa a gradual modernização da sociedade brasileira, que transformaria a sociedade rural e escravista em uma sociedade urbana industrial.
Foi uma época de grande progresso cultural e industrial, com o crescimento e a consolidação da Nação Brasileira onde se criaram e reformularam escolas e faculdades, onde se fomentaram as artes e as manifestações culturais.
Bibliografia:História do Brasil (Francisco de Assis Silva)
Brasil e Argentina (Boris Fausto e Fernando Devoto)
http://es.wikipedia.org

República velha (1889-1930)
O movimento militar de 15 de novembro de 1889 foi bem sucedido, destronando o Imperador Dom Pedro II. Caso não tivessem êxito, no Código Criminal de 1830, do império, eram previsto, como crime grave.
Esse período de 1889 até 1930 também ficou conhecido como "Primeira República", "República dos Bacharéis", "República Maçônica" e "República da Bucha", pois todos os presidentes civis daquela época (exceto Epitácio Pessoa) eram bacharéis em direito formados na Faculdade de São Paulo. Quase todos foram membros da maçonaria.
Com a vitória do movimento republicano liderado pelos oficiais do exército, foi estabelecido um "Governo Provisório" chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, no qual todos os membros do ministério eram maçons.
Na república velha, houve três presidentes militares, todos os três maçons.
Dos presidentes civis, três deles foram paulistas, quatro mineiros, dois fluminenses e um paraibano, Epitácio Pessoa.
Segundo alguns, a República Velha pode ser dividida em dois períodos:
• O primeiro período chamado República da Espada, de 1889 a 1894. Predominou o elemento militar e um grande receio da parte dos republicanos de uma restauração da monarquia.
• O segundo período chamado República Oligárquica, que durou de 1895 a 1930, predominou os Presidentes dos Estados.
Segundo outros observadores, os militares só se afastaram definitivamente da política com a ascensão de Campos Sales em 1898.
A República velha conheceu seu fim na tarde de 3 de novembro de 1930 quando Getúlio Vargas tomou posse como "Chefe do Governo Provisório" da Revolução de 1930.
Foi criada uma nova bandeira nacional, em 19 de novembro, com o lema positivista, "ordem e progresso", embora o lema por inteiro dos positivistas fosse 'O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim'.
No início de 1890, iniciaram-se as discussões para a elaboração da nova constituição, que seria a primeira constituição republicana e que vigoraria durante toda a República Velha.

http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/naturalismo.htm