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martes, 28 de diciembre de 2010

Cândido Portinari (1903/1962).

Filho de imigrantes italianos nasceu no Rio de Janeiro. Foi o pintor brasileiro que alcançou maior projeção internacional. Aos 20 anos já participou de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais.
Viveu dois anos em Paris, esses anos foram decisivos no estilo que consagraria Portinari. Lá ele teve contato com outros artistas, além de conhecer Maria Martinelli, uma uruguaia de 19 anos com quem passaria o resto de sua vida. A distância de suas raízes acabou o aproximando a interesses sociais muito mais profundos. Mudou completamente a estética de sua obra, valorizando mais cores e a idéia das pinturas, deixou o óleo e começou com os murais. O “Guernica” mudou outra vez seu estilo. Pela caça de comunista mora no Uruguai continuando sua obra. Morreu envenenado pelas tintas que o consagraram.
Festa de São João (1939)
A técnica é óleo sobre tela, a imagem apresenta uma cena que se desarrolha no âmbito rural brasileiro, chamou a atenção à gente a terra vermelha, como a da cidade onde nasceu. As pessoas são mulatas. No fundo tem um morro com um vilarejo. A multidão na tarde prepara a festa. As mulheres com recipientes na cabeça, um homem com paus para acender a fogueira. O clássico baú, no centro da cena, um código da infância.

De Frente à pintura de Portinari se encontra uma de Antônio Berni (Rosário, Argentina 1905/1981)

“A manifestação” (1934)
o artista argentino de “juventude e renovação permanente”

Emiliano Cavalcanti (1897/1976)

Foi um pintor, desenhista, ilustrador e caricaturista nascido no Rio de Janeiro, começou fazendo ilustrações para uma revista por necessidade de trabalhar ao morrer seu pai. Crio o catálogo e o programa para a Semana do Arte Moderno. Depois estudou em Paris.
Sofre sua primeira prisão em 1932 durante a Revolução Paulista logo várias outras enquanto recebe prêmios no estrangeiro. Durante a guerra volta para América do Sul morando uma época na Argentina.
Estilo artístico e temática
- Seu estilo artístico é marcado pela influência do expressionismo, cubismo e dos muralistas mexicanos (Diego Rivera, por exemplo).
- Abordou temas tipicamente brasileiros como, por exemplo, o samba. O cenário geográfico brasileiro também foi muito retratado em suas obras como, por exemplo, as praias.
- Em suas obras são comuns os temas sociais do Brasil (festas populares, operários, as favelas, protestos sociais, etc).
- Estética que abordava a sensualidade tropical do Brasil, enfatizando os diversos tipos femininos.
- Usou as cores do Brasil em suas obras, em conjunto com toques de sentimentos e expressões marcantes dos personagens retratados.

Mulheres com frutas (1932)

Começamos a visita. Tarsilia do Amaral

Tarsila do Amaral (1886/ 1973)
Foi uma das mais importantes pintoras brasileiras do movimento modernista. Nasceu no interior de São Paulo em 1886. Estudou em São Paulo e completou seus estudos na Espanha. Em 1920, separada e com uma filha vai estudar a Paris. Retornou para o Brasil em 1922 e formou o "Grupo dos Cinco", junto com Anita Malfatti, Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, o grupo mais importante da Semana de Arte Moderna. Criou o movimento Antropofágico sendo seu principal representante, sustendo que os artistas tinham que conhecer todo o europeu, selecionar, deglutir e produzir arte próprio do Brasil. Casou-se com Oswald de Andrade para quem fez a obra que vimos no Museu Abaporu (1928)
Características de suas obras
- Uso de cores vivas
- Influência do cubismo (uso de formas geométricas)
- Abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens do Brasil
- Estética fora do padrão (influência do surrealismo na fase antropofágica)
Abaporu (do tupi-guarani, homem que come)
Hoje é a pintura brasileira mais valorada do mundo, comprada pelo colecionador argentino Eduardo Costantini em 1995. A composição - um homem, um Sol e um cacto - inspirou a Oswald de Andrade a escrever o Manifesto Antropofágico, com a mesma intenção das pinturas.

Museu MALBA

Para fechar o quadrimestre da aula de Literatura, combinamos fazer uma visita ao Museu MALBA.
Voltamos à história do século XX relacionando acontecimentos políticos, obras literárias estudadas no curso e as obras de artistas plásticos da época achadas no Museu.
Nossa guia, a professora Adriana Almeida.
Os acontecimentos políticos e obras literárias típicas foram postados no transcurso do quadrimestre. Tentarei fazer um resumo do recorrido artístico marcando autores e obras observadas detalhadamente, além de comentários feitos pela professora Adriana.

Generalidades: Nos anos 1920 até 1940, os intelectuais pensam o Brasil, Surgindo o sentimento nacional e os regionalismos. Mudam os parâmetros da gramática diferenciando-se da língua portuguesa instituindo uma nova língua. Reconheceu-se a mistura de raças e defendeu-se a Academia de Letras do Brasil fundada por Machado de Assis em 1897.
A palavra 'bossa' era um termo da gíria carioca que, no fim dos anos cinquenta , significava 'jeito'. Quando alguém fazia algo de modo diferente, original, de maneira fácil e simples, dizia-se que esse alguém tinha 'bossa', 'bossa de arquiteto', 'bossa de jornalista'...
A expressão 'Bossa Nova' surgiu em oposição a tudo o que um grupo de jovens achava velho, antigo. Bossa Nova foi batida diferente do violão, poesia diferente das letras, cantores diferentes dos mestres, ela não é nem um gênero musical. É o tratamento que se dá a uma música, em termos de 'batida' e de ritmo.
Surgem os regionalismos na literatura, Jorge Amado, Érico Veríssimo, Mario de Andrade, cada um escreve sua região. Na música se criou “Aquarelas do Brasil”.
Com o governo de Getúlio Vargas, busca-se enxertar no Brasil no mundo, no concerto das Nações, para isso inverteram na difusão da língua, para conhecer e valorar o Brasil. Cria-se a Fundação de Estudos Brasileiros com esse objetivo. FUNCEB. O ministro de Educação e Saúde Pública foi Gustavo Capanema (1900/1985) quem defendia uma educação igualitária sob a responsabilidade do Estado. Nas letras e nas artes plásticas, Capanema procurou colocar-se acima das disputas políticas e ideológicas que agitavam o país. Assessorado por seu chefe de gabinete, o poeta Carlos Drummond de Andrade, cercou-se de uma equipe diversificada, integrada, pelos intelectuais mais prestigiosos, fomentando as artes e as letras e os trabalhos dos artistas populares com o projeto “Arte para todos”.