Mostrando entradas con la etiqueta Personagens reais na ficção. Mostrar todas las entradas
Mostrando entradas con la etiqueta Personagens reais na ficção. Mostrar todas las entradas

domingo, 13 de junio de 2010

O Xangô de Baker Street. O Imperador e sua mulher.

Personagens reais da ficção...

"Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro" D.Pedro I

Dom Pedro II do Brasil Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 — Paris, 5 de dezembro de 1891), chamado O Magnânimo, foi o segundo e último Imperador do Brasil de fato. D. Pedro II foi o sétimo filho de Dom Pedro I e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria. Sucedeu ao seu pai, que abdicara em seu favor para retomar a coroa de Portugal, à qual renunciara em nome da filha mais velha. Pelo lado paterno, era sobrinho de Miguel I de Portugal, enquanto, pelo lado materno, sobrinho de Napoleão Bonaparte e primo dos imperadores Napoleão II da França, Francisco José I da Áustria e Maximiliano I do México. Sendo o irmão mais novo de D. Maria da Glória, também fora tio de D. Pedro V e D. Luís I, reis de Portugal.
Pedro II governou de 1840, quando foi antecipada sua maioridade, até 1889 ano em que foi deposto com a proclamação da república brasileira. Além dos registros históricos e jornalísticos da época, Pedro II deixou à posteridade 5.500 páginas de seu diário registradas a lápis em 43 cadernos, além de correspondências, que nos possibilitam conhecer um pouco mais do seu perfil e pensamento.
Ele é, ainda hoje, um dos políticos mais admirados do cenário nacional, e é lembrado pela defesa à integridade da nação, ao incentivo à educação e cultura, pela defesa à abolição da escravidão e pela diplomacia e relações com personalidades internacionais, sendo considerado um príncipe filósofo por Lamartine, um neto de Marco Aurélio por Victor Hugo e um homem de ciência por Louis Pasteur. Durante toda a sua administração como imperador, o Brasil viveu um período de estabilidade e desenvolvimento econômico e grande valorização da cultura, além de utilizar o patriotismo como força de defesa à integridade nacional. Apesar de, muitas vezes, demonstrar certo desgosto pelas intensas atividades políticas, o último imperador do Brasil construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.


Dona Teresa Cristina de Bourbon -Duas Sicílias (Nápoles, 1822-Porto 1889), foi uma princesa do reino das Duas Sicílias, esposa do imperador Dom Pedro II. Foi a mãe das princesas Isabel e Leopoldina. Como princesa real, teve uma educação esmerada: belas artes, música, canto, bordado, francês e religião. Possuía natureza sensível, inteligência apurada e inclinada naturalmente ao culto da arte. Estudiosa da cultura clássica, interessou-se especialmente pela arqueologia e as descobertas que estavam sendo realizadas, na sua época. A jovem princesa financiou e conduziu as escavações em Veio, um sítio Etrusco, 15 km ao norte de Roma. Esta é a razão pela qual, anos mais tarde, já casada com D. Pedro II, Dona Teresa Cristina ser conhecida como "a imperatriz arqueóloga".
Não sabemos a razão do fato de Teresa Cristina ser levemente claudicante (manca). Pode ser que a causa tenha sido uma queda no sítio arqueológico, ou um problema congênito pré-existente. O certo é que, devido a sua deficiência, ela ocupava a maior parte do tempo com seus estudos, a literatura e as artes, ao contrário de outras princesas, que apreciavam os bailes e as danças. Em 1842, assim que D. Pedro II atingiu 18 anos, Pedro de Araújo Lima, enviou à Europa a um alto funcionário da corte, que foi o encarregado de tratar do casamento de Dom Pedro II.
Várias tentativas foram realizadas em busca de uma esposa, mas não havia muitas princesas a quem fosse permitido morar no Brasil. Além do mais, para os padrões da época, o imperador era considerado "pobre", não podendo almejar casamento com uma princesa de primeira linhagem.
Após uma grande procura e negociações diplomáticas, no dia 20 de maio de 1842 foi assinado o contrato de casamento entre a Princesa Teresa Cristina Maria e D. Pedro II. A celebração do matrimônio deu-se por procuração, em 1843. Chegou ao Brasil no dia 3 de setembro de 1843, às a bordo da fragata Constituição, acompanhada pelo irmão.
Ela tinha minguados atributos físicos: era baixa, manca e feia. D. Teresa era dotada de raro senso de cordialidade. Discreta, caridosa e inteligente, conquistou a estima do marido graças ao interesse comum em assuntos culturais. Na frota que a trouxe ao Brasil fez embarcar artistas, músicos, professores, botânicos e outros estudiosos. Aos poucos, enriqueceria a vida cultural e científica brasileira, mandando vir de sua terra as primeiras preciosidades artísticas, foi boa cantora e boa musicista, alegrava o palácio com saraus constantes. A imperatriz possuía dotes artísticos que nem todos conheciam e hoje são pouco comentados.
Pedro II foi um marido cordial, embora tenha sido infiel em várias ocasiões, especialmente por conta de seu longo romance com Luísa Margarida de Portugal e Barros.
O Casal imperial e as filhas.
A imperatriz cuidava ela mesma de parte dos jardins, especialmente as roseiras e, algumas vezes, cozinhava. Em 1864 um evento demonstra a relativa "liberalidade" do casal. O imperador havia tratado, através de seus ministros, o casamento da princesa Isabel, herdeira do trono, com um duque, ao mesmo tempo, o primo deste, foi prometido à princesa Leopoldina. Quando da chegada dos dois jovens, as princesas perceberam que deveria ocorrer uma troca, pois cada uma delas havia se encantado pelo pretendente da outra, e imediatamente solicitaram aos pais que a troca fosse realizada. Tanto D.Pedro quanto D. Teresa Cristina, favoráveis a que os casamentos fossem motivados não apenas pelas questões dinásticas, mas também pelos afetos - até porque, no seu próprio caso, havia ocorrido um choque inicial - consentiram imediatamente.
Hilda
Textos tirado de internet

O Xangô de Baker Street. Os convidados. Sarah Bernhardt e Sherlock Holmes

Personagem real da ficção...
Sarah Bernhardt (Paris, 22 de outubro de 1844 — Paris, 26 de março de 1923) foi uma atriz e cortesã francesa, já chamada por alguns de "a mais famosa atriz da história do mundo". Bernhardt fez sua reputação nos palcos da Europa na década de 1870, e logo passou a ser exigida pelos principais palcos do continente e dos Estados Unidos. Conquistou uma fama de atriz dramática, em papéis sérios, ganhando o epíteto de "A Divina Sarah".
Seu papel mais marcante foi o da peça A Dama das Camélias de Alexandre Dumas. Visitou o Brasil quatro vezes, as duas primeiras ainda durante o reinado de D. Pedro II. Na última visita, durante uma encenação, sofreu um acidente que lhe gerou sérios problemas em sua perna e que culminou, anos depois, em sua morte.
Sarah Bernhardt foi representada em dois filmes brasileiros, O Xangô de Baker Street e Amélia.

Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo médico e escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle. Holmes é um investigador do final do século XIX e início do século XX editado e publicado originalmente pela revista Beeton's Christmas Annual, em Novembro de 1887. Sherlock Holmes ficou famoso por utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método científico e lógica dedutiva.
O Dr. Watson, foi seu assistente.
Hilda
Textos tirados de Internet

O Xangô de Baker Street. Os boêmios do “Bar do Necrotério”.

Personagens reais da ficção...
Olavo Bilac (Rio de Janeiro RJ, 1865-1918) começou os cursos de Medicina, no Rio, e Direito, em São Paulo, mas não chegou a concluir nenhuma das faculdades. Em 1884 seu soneto Nero foi publicado na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro. Em 1887 iniciou carreira de jornalista literário e, em 1888, teve publicado seu primeiro livro, Poesias. Nos anos seguintes, publicaria crônicas, conferências literárias, discursos, livros infantis e didáticos, entre outros. Republicano e nacionalista, escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Em 1907, foi o primeiro a ser eleito “príncipe dos poetas brasileiros”, pela revista Fon-Fon. De 1915 a 1917, fez campanha cívica nacional pelo serviço militar obrigatório e pela instrução primária. Parte das crônicas que escreveu em mais de 20 anos de jornalismo está reunida em livros, entre os quais Vossa Insolência (1996). Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o mais importante de nossos poetas parnasianos.

Guimarães Passos (Maceió 1867- Paris 1909) Compareceu às reuniões de instalação da Academia Brasileira de Letras. Fez seus estudos primários e os preparatórios em Alagoas. Aos 19 anos foi para o Rio de Janeiro, onde se juntou aos jovens boêmios da época. Era a idade de ouro da boemia dos cafés, e não poderia haver melhor ambiente para o espírito do poeta. Entrou para a redação dos jornais, fazendo parte do grupo de Paula Nery, Olavo Bilac, Coelho Neto, José do Patrocínio, Luís Murat e Artur Azevedo. Colaborou com a Gazeta da Tarde, a Gazeta de Notícias, A Semana. E nas suas colunas ia publicando crônicas e versos. Nos vários lugares em que trabalhou, escrevia também sob pseudônimos. Foi também arquivista da Secretaria da Mordomia da Casa Imperial. Com a proclamação da República, e extinta essa repartição, Guimarães Passos perdeu o lugar e passou a viver unicamente de seus trabalhos jornalísticos. Fez parte do governo em 1893 e lutou contra Floriano Peixoto. Vencida a revolta, conseguiu fugir. Exilou-se em Buenos Aires durante 18 meses. Lá colaborou nos jornais La Nación e La Prensa e fez conferências sobre temas literários relacionados ao Brasil. Em 1896, de volta do exílio, foi um dos primeiros poetas chamados para formar a Academia Brasileira de Letras. Poeta parnasiano, lírico e, às vezes, um pouco pessimista, foi também humorista na sua colaboração para O Filhote, reunida depois no livro Pimentões, que publicou de parceria com Olavo Bilac.

Coelho Neto (Caxias, 1864- Rio do Janeiro 1934) foi um escritor, político e professor. Nascido em épocas antes na vila de Caxias interior do Maranhão. Foram seus pais Antônio da Fonseca Coelho, português, e Ana Silvestre Coelho, de sangue índio. Fez os seus preparatórios no Externato do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro. Em 1883 matriculou-se na Faculdade de Dereito de São Francisco, frequentava a Academia de São Paulo à época. Seu espírito irrequieto encontrou ali ótimo ambiente para destemidas expansões, e logo ele se viu envolvido num movimento dos estudantes contra um professor. Antevendo represálias, transferiu-se para a faculdade de Recife, onde completou o primeiro ano de Direito. Regressando a São Paulo, dedicou-se ardentemente à campanha abolicionista e republicana, atitude que rendeu-lhe novos atritos com o corpo docente da Faculdade do Largo de São Francisco. Em 1885 desistiu, por fim, de suas pretensões jurídicas, e transferiu-se para o Rio de Janeiro. Fez parte do grupo de boêmios Paula Nery, Olavo Bilac, Coelho Neto, José do Patrocínio, Luís Murat e Artur Azevedo. A história dessa geração apareceria depois em seus romances A Conquista e Fogo Fátuo, dedicado este ao amigo Francisco de Paula Ney, jornalista e brilhante orador conhecido por sua boêmia e seu célebre anedotário. Tornou-se companheiro assíduo de José do Patrocínio, na campanha abolicionista. Ingressou no jornalismo, onde chegou a exercer o cargo de secretário. Desta época datam seus primeiros volumes publicados.

Chiquinha Gonzaga (Rio de Janeiro 1847- 1935) foi uma compositora, pianista e regente brasileira a primeira chorona, primeira pianista do choro, autora da primeira marcha carnavalesca (Ô Abre Alas, 1899) e também a primeira mulher a reger uma orquesta no Brasil. Filha de um general do exército brasileiro e da sua amante, uma mulata muito humilde, chamada Rosa Maria Neves de Lima. Por mais que fosse fruto de um caso extra-conjugal, o que provocou escândalo na família de seu pai, ele nunca deixou de tratá-la como filha e sempre lhe deu uma vida digna, com muito estudo, principalmente. Chiquinha vivia numa casa humilde só com sua mãe, seu pai ia vê-la de vez em quando. Foi educada numa família de pretensões aristocráticas. Ela conviveu bastante com a rígida família do seu pai. Fez seus estudos normais com o Cônego Trindade, um dos melhores professores da época, e musicais com o Maestro Lobo, um fenômeno da música. Desde cedo, frequentava rodas de lundu, umbigada e outras músicas populares típicas dos escravos, já que era bisneta de escravos, pois sua mãe era neta deles. Sua mãe a incentivava a conhecer a cultura do povo africano, que era seu povo materno. Aos 16 anos, por imposição da família do pai, casou-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, oficial da marinha e logo engravidou. Não suportando a reclusão do navio onde o marido servia, e as ordens para que não se envolvesse com a música, ele era agressivo e proibia terminantemente essa atitude, dizia que mulheres de família tinham que ser donas de casa e não suportando tanta humilhação e descaso com seu sonho, Chiquinha separou-se, o que foi um escândalo na época. Após da separação, envolveu-se com João Batista de Carvalho, com quem teve duas filhas. Separa-se dele, o que provocou novo escândalo. Ela passa a viver como musicista independente, tocando piano em lojas de instrumentos musicais. Deu aulas de piano para sustentar os filhos sozinha, já que os pais dos seus filhos pouco ligavam. Lutando muito por criar três filhos sozinha e se dedicar a música, ela obteve grande sucesso, sua carreira aumentou e ela ficou famosa, tornando-se também compositora. Ao mesmo tempo, uniu-se a um grupo de músicos de choro. Aos 52 anos se apaixonou. Ele também se apaixonou perdidamente, João Batista de 16 anos, foi adotado como filho para viver esse grande amor. Ele concorda com isso e finge ser seu filho adotivo. Dois anos depois ao ser maior de idade casa-se com ele, com que viveu até sua morte.

José do Patrocínio (1853- Rio de Janeiro 1905) farmacêutico, jornalista, escritor, orador e ativista político. Mulato, constitui-se em uma das mais destacadas figuras do movimento abolicionista e republicano no Rio do Janeiro. Filho de João Carlos Monteiro, vigário da paróquia de Campos dos Goytacazes e orador sacro de reputação na Capela Imperial, com Justina do Espírito Santo, uma jovem escrava de quinze anos, cedida ao serviço do cônego. Embora sem reconhecer a paternidade, o religioso encaminhou o menino para a sua fazenda na Lagoa de Cima, onde José do Patrocínio passou a infância como liberto, porém convivendo com os escravos e com os rígidos castigos que lhes eram impostos. Aos catorze anos de idade, tendo completado a sua educação primária, pediu, e obteve ao pai, autorização para vir para o Rio de Janeiro. Encontrou trabalho, retomou, às próprias expensas, os estudos. Fundou a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão. Patrocínio não se limita a escrever, também prepara e auxilia a fuga de escravos e coordena campanhas de angariação de fundos para adquirir alforrias, com a promoção de espetáculo ao vivo, comícios em teatros, manifestações em praça pública etc. Em 1886 começou na política. Com a vitória na campanha abolicionista, as atenções da opinião pública se voltaram para a campanha republicana. Por ironia do destino, o "A Cidade do Rio" e a própria figura de Patrocínio passam a ser identificados pela opinião pública como defensores da monarquia em crise. Nesta fase, Patrocínio rotulado como um "isabelista", foi apontado como um dos mentores da chamada "Guarda Negra", um grupo de ex-escravos que agia com violência contra os comícios republicanos.
Após a proclamação da República entrou em conflito com o governo do Marechal Peixoto, pelo que foi detido e deportado. Retornou discretamente ao Rio de Janeiro, foi residir no subúrbio..Faleceu, aos cinqüenta e um anos de idade, aquele que é considerado por seus biógrafos o maior de todos os jornalistas da Abolição.
Angelo Agostini (Itália, 1843- Rio do Janeiro 1910) foi um desenhista Um dos primeiros cartunistas (desenho animado de tiras) brasileiros, foi o mais importante artista gráfico do Segundo reinado. Sua carreira teve início quando estouravam os primeiros combates da Guerra do Paraguai (1864) e prolongou-se por mais de quarenta anos. Em seus últimos trabalhos, testemunhou a queda do Império e a consolidação da República oligárquica. Viveu sua infância e adolescência em Paris, com dezesseis anos, foi para São Pablo com a sua mãe, a cantora lírica Raquel Agostini. Deu início à carreira de cartunista, quando fundou o Diabo Coxo, o primeiro jornal ilustrado publicado em São Paulo, e que contava com textos do poeta abolicionista Luís Gama. Este periódico, apesar de ter obtido repercussão, teve duração efêmera. O artista mudou-se para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu desenvolvendo intensa atividade em favor da abolição da escravatura, pelo que realizava diversas representações satíricas de D. Pedro II. Aqui colaborou, tanto com desenhos quanto com textos, com publicações. Nesta última, publicou, a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo.

Aluísio Azevedo (São Luís MA 1857- Bs As 1913)
Como um jornalista, ia aos locais onde pretendia ambientar seus romances, conversava com as pessoas que inspirariam suas personagens, misturava-se a elas. Procurava assim reproduzir o mais fielmente possível a realidade que retratava. Além disso, desenhista habilidoso, às vezes, desenhava suas personagens em papel cartão, recortava-as e as colocava em ação, num teatro para si mesmo, de modo a visualizar as cenas que iria narrar. Foi um crítico impiedoso da sociedade brasileira e de suas instituições. Abandonou as tendências românticas em que se formara, para tornar-se o criador do naturalismo no Brasil, influenciado por Eça de Queirós e Émile Zola. Seus temas prediletos, focados na realidade cotidiana, foram o anticlericalismo, a luta contra o preconceito de cor, o adultério, os vícios e a vida do povo humilde.
Viajou para o Rio de Janeiro aos 17 anos a chamado do irmão, o teatrólogo Artur Azevedo. Começou a estudar na Academia Imperial de Belas-Artes e logo passou a colaborar, com caricaturas e poesias, em jornais e revistas. A partir da publicação de seu primeiro romance, Uma lágrima de mulher (1880), em estilo romântico e extremamente sentimental. Viveu durante 15 anos do que ganhava como escritor. Por isso, sua obra pode ser dividida em duas partes: a primeira, romântica, escrita para agradar o público e vender bem, de modo a garantir-lhe a sobrevivência. A segunda, naturalista, para expressar sua visão de mundo e as mazelas do Brasil. Foi esta que lhe deu destaque na história da literatura brasileira.
É o caso de O mulato, publicado em 1881, no auge da campanha abolicionista, que provocou um grande escândalo. O autor tentava analisar a posição do mestiço na sociedade maranhense de seu tempo e atacou o preconceito racial. Continuou colaborando em jornais e revistas, com caricaturas, contos, críticas e novelas. Ele próprio tentou lançar em São Luís um periódico anticlerical intitulado O Pensador, no mesmo ano de publicação de O mulato. A reação hostil da sociedade provinciana e do clero fez com que voltasse definitivamente para o Rio de Janeiro.
Ao ingressar por concurso na carreira diplomática, em 1895, encerrou a sua história literária.

Francisco de Paula Ney (Aracati,1858- Rio de Janeiro 1897) foi um poeta, jornalista que marcou o boêmio Rio de Janeiro da “Belle époque”.Era amigo dos intelectuais da época.






Hilda
Textos tirados de Internet