sábado, 6 de noviembre de 2010

A terceira margem do rio.

Li o conto como uma leitora desprevenida e tinha feito os seguintes comentários:
Personagens: Pai calado, filho narrador, mãe regia a casa e a família, irmã, irmão.
Sobre o conto: É uma metáfora do desenvolvimento da vida e sua travessia, ora violenta, ora calma.
O narrador é o filho do personagem desequilibrado que em uma canoa feita exclusiva para ele se afasta da vida sem coisa nenhuma e sem se despedir para continuar sua vida navegando pelo rio em solidão. O tempo passa até o menino vira homem de cabelo branco. No transcurso do tempo a irmã se casa e tem filho, vai embora e leva a sua mãe. O irmão vai embora, o único personagem que permanece nesse lugar é o menino (ninguém tem nome) que espera ver ao pai levando alimento e roupas ao lugar onde o pai irá buscar (cerimônia?). A única reposta do pai se da no final do conto, cabeludo com unhas crescidas volta embora o filho fuja e o encontro não da certo.
Qual é a terceira margem? A vida mesma.

Na análise da aula o conto virou outro, a interpretação foi diferente (uma interpretação possível...).
O rio sempre teve destaque na imaginação do autor e se optou pela interpretação metafísica.
O narrador permanece vinculado no conto todo.
As características da partida do pai lembram um suicídio, a canoa pequena um caixão. Um pai planejando sua morte que sai da vida sem explicação. A canoa no rio lembra a um espaço de suspensão, o lugar de culto aos cultos espíritas.

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