martes, 2 de agosto de 2011

Simone de Beauvoir. Sipnose dos livros lidos. Escritos entre 1943 - 1963


Simone de Beauvoir foi uma mulher marcante na vida de mais de uma geração.
Na época que era estudante, principalmente as mulheres, líamos em forma constante a Simone e a Sartre (entre outros autores). Depois, marcávamos uma data e, geralmente numa lanchonete, discutíamos as leituras feitas. Acho que é a autora que mais profusamente tenho lido.
Essos livros foram lidos em espanhol.
A convidada (1943)O primeiro romance publicado de Beauvoir narra os conflitos de uma mulher de 30 anos, Françoise (uma espécie de alter ego da autora), e seu envolvimento num trio amoroso: ela, Pierre Labrouse e a enigmática Xavière, jovem que exerce forte atração no casal. Ambientado no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, o livro analisa com detalhe o amor em todos os seus meandros: ciúme, decepção, frustração, raiva, incerteza...
O sangue dos outros (1945)O segundo romance de Simone retrata o conflito de um membro da Resistência durante a Segunda Guerra Mundial. Repentinamente, Jean Blomart se vê forçado a optar entre o engajamento social e o dever pessoal. De acordo com o pensamento existencialista, Beauvoir procura analisar "a maldição original que constitui, para cada indivíduo, sua coexistência com todos os outros". Um livro bastante pessoal no qual se encontra a percepção dela sobre a guerra.
Todos os homens são mortais (1946)Romance de tese, histórico e utópico, o livro conta a história de um homem, o conde Fosca, que, no século XIII, resolve beber um elixir da imortalidade para tentar escapar das limitações de sua condição de mortal. Assim, o ambicioso e entusiasta conde Fosca, desafia o tempo e chega até os dias de hoje questionando à natureza humana, tais como a ambição, o poder, a imortalidade, o prazer, o destino e a transcendência.
La América dia a dia (1947)Ao mesmo tempo ensaio e testemunho, este livro foi escrito depois de uma temporada de quatro meses nos Estados Unidos, em 1947. No relato de Simone de Beauvoir pode-se perceber um desejo pronunciado de descobrir um novo continente, de tudo ver, de tudo conhecer e aprender.
Os Mandarins (1954)Em sua mais famosa novela, sem dúvida, a obra-prima da Europa do pós-guerra. Simone de Beauvoir constrói sob um corajoso olhar a sociedade intelectual de Paris no final da 2ª Guerra Mundial. Um ficcional relato das histórias daquelas pessoas que a cercam - Jean Paul Sartre, Albert Camus, Arthur Koesther, Nelson Algren.Prêmio Goncourt no ano 1954, este livro assinala na carreira de Simone de beauvoir Beauvoir seu definitivo engajamento político e literário. Romance existencialista, Os mandarins, descreve a atmosfera febril da França entre 1944 e 1948. As repercussões da guerra, a agitação intelectual, a corrupção moral, os dilemas e dúvidas da esquerda e, sobretudo, "o chão coberto de ilusões desmoronadas".A estrutura é complexa, uma sequência de acontecimentos que se encaixam, com grande serenidade, cenas de toda a espécie, todas ligadas por um único fio condutor que é a confrontação interna, a parálise do homem público e do homem privado, a procura de uma dimensão que inevitavelmente conduzirá ao fracasso. Simone mostra-nos o que se esconde por trás do escritor francês da moda, como podeia ser Camus ou como procurava ser Sartre... É a história do intelectual engajado, visto com seus olhos de mulher espertinha, negando qualquer feminismo. Descreve a Camus (Henri?) como um homem fraco, às vezes viscoso, arrogante e insensível. É bastante tolerante com Sartre (Robert?, não o é com aqueles que, embora não sendo franceses, se comportam da mesma maneira (o seu amor americano) e ambígua com Paul (Francine?). A fratura final é evidente, a miséria por detrás dos homens de poder intelectual, o final é ligeiro e um pouco resignado, mas com esperança.
A Longa Marcha (1957) Durante uma viagem à China, em 1955, em companhia de Sartre, Beauvoir começa a redigir um longo ensaio no qual tenta desvendar a vida, a sociedade chinesa e, sobretudo, o lugar das mulheres nesta sociedade.
Memórias de uma moça bem-comportada (1958 – autobiográfico 1) Compreendendo o período entre 1908 e 1929, este livro dá início ao ciclo de memórias de Beauvoir. Em sua narrativa, Simone divide com o leitor lembranças de sua infância e juventude, seus estudos, suas amizades com Zaza, Maheu e Sartre. Um livro que revela todas as esperanças de uma jovem até então bem-comportada, burguesa, católica...
A força da idade (1960 - autobiográfico 2) Integrando o conjunto de obras dedicadas às suas memórias, este segundo volume compreende um período particularmente fecundo da trajetória de Simone, os anos de 1929 a 1944 , constituindo-se num relato de fatos decisivos em sua formação literária, filosófica, política, e delimitando o período de ouro do existencialismo. Neste livro, sua consciência crítica nós dá um testemunho essencial a todos os que queiram conhecer nosso tempo.
A força das coisas. (1963 - autobiográfico 3) É uma obra cheia de vida, sempre questionada com seriedade, Beauvoir fala das pessoas, livros e filmes que marcaram sua vida; aborda acontecimentos políticos; e faz alguns relatos de viagens, inclusive a que a trouxe, junto com Sartre, ao Brasil. O livro abrange o período entre os anos de 1944 e 1962.

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