sábado, 26 de noviembre de 2011

Jean Paul Sartre (1905-1980). 1905-1929 Os primeiros anos

Jean Paul Sartre nasceu em Paris o 21 de julho de 1905, era filho de um oficial da marinha francesa quem morreu em 21 de setembro do 1906.
Muda-se para com sua mãe, onde passam a viver na casa de seus avós maternos. O avô de Sartre, Charles Schweitzer nasceu em uma tradicional família protestante quem ao fim da guerra franco-prussiana optou pela cidadania francesa e tornou-se professor de alemão conheceu e casou-se com Louise Guillemin, de origem católica, com quem teve três filhos, George, Émile e Anne-Marie. Anne Marie, seria sua mãe.
Em seu livro “As Palavras” confessa que desde cedo considerava a sua mãe mais como uma irmã mais velha do que como mãe. Até ao fim de sua adolescência, Sartre vive uma vida tipicamente burguesa.
Com pouco contato com outras crianças, aprendeu a usar a representação para atrair a atenção dos adultos com sua precocidade.
Em 1911, a família Schweitzer mudou-se para Paris. Passa a ter acesso à biblioteca de obras clássicas francesas e alemaãa pertencente ao seu avô. Após aprender a ler, Jean-Paul alterna a leitura dos clássicos -por obrigação educacional- com os quadrinhos e aventuras que sua mãe comprava semanalmente às escondidas do avô. A essas influências, junta-se o cinema, que frequentava com sua mãe e que tornaria se mais tarde um de seus maiores interesses.
Em "As Palavras" também conta que escrevia histórias na infância como uma forma de mostrar-se precoce. Suas primeiras histórias eram cópias de romances de aventura, em que apenas alguns nomes eram alterados, mas ainda assim faziam sucesso entre os familiares. Era incentivado pela mãe, pela avó, pelo tio (que o presenteou com uma máquina de escrever) e por uma professora, a sra. Picard, que via nele a vocação de escritor profissional. Aos poucos, o jovem Sartre passou a encontrar sua verdadeira vocação na escrita. Seu avô incentivou Sartre a tornar-se professor por profissão e escrever apenas como segunda atividade. Assim, Sartre atribui ao avô a consolidação de sua vocação de escritor: "Perdido, aceitei, para obedecer a Karl, a carreira de escritor menor. Em suma, ele atirou-me na literatura pelo cuidado que desprendeu em desviar-me dela".
Em 1917 sua mãe casa-se novamente, com Joseph Mancy, que passa a ser co-tutor de Sartre. Anne-Marie muda-se com Sartre para a casa de Mancy. Nesta cidade litorânea, Sartre toma contato pela primeira vez com imigrantes árabes, chineses e negros. Mais tarde ele reconheceria esse período como a raiz de seu anticolonialismo e o início do abandono dos valores burgueses.
Em 1921 retorna ao Liceu Henri IV, agora como interno. Encontra Paul Nizam e os dois tornam-se amigos inseparáveis. Ambos estudam no curso preparatório do liceu Louis-le-Grand, onde se preparam para o concurso da École Normale Superieure. Nessa época despertou seu interesse pela filosofia. Sua primeira influência importante foi a obra de Henri Bergson.
Em 1924 ingressou na École Normale Supérieure na mesma turma de Nizan, Daniel Agache e Raymond Aron, músico e ator talentoso e sempre disposto a participar de brincadeiras e eventos sociais, Sartre torna-se muito popular entre os colegas. Os alunos da escola se dividem em grupos de afinidades religiosas ("ateus" e "carolas"), e facções políticas: Socialistas, comunistas, reacionários, pacifistas. Sartre adere aos ateus e aos pacifistas e enquanto Aron e Nizan aderem aos círculos socialistas e comunistas e começam a participar da vida política francesa, Sartre mantém o individualismo e o desinteresse pela política que conservaria até o fim da Segunda Guerra. No campo filosófico, além de Bergson, passou a ler Nietzsche, Kant , Descartes e Spinoza. Já na escola começa a desenvolver as primeiras ideias de uma filosofia da liberdade leiga, da oposição entre os seres e a consciência, do absurdo, da contigência que ele viria a desenvolver posteriormente em suas grandes obras filosóficas. Seu principal interesse filosófico é o indivíduo e a psicologia.
Em 1928 presta o exame de mestrado e é reprovado. Durante o ano de preparação para a segunda tentativa, estuda com Nizan e René Maheu na Sorbonne. Conhece a namorada de Maheu, Simone de Beauvoir que mais tarde se tornaria sua companheira e colaboradora até o fim da vida. Maheu havia apelidado Simone de Beauvoir de "Castor", devido à semelhança de seu nome com Beaver (Castor em inglês) e também "porque ela trabalhava como um castor".
Sartre assume o apelido e passa a chamá-la de Castor pessoalmente e em todas as cartas que lhe escreveu. Na segunda tentativa do mestrado, Sartre passa em primeiro lugar, no mesmo ano em que Beauvoir obtém a segunda colocação.
Sartre e Beauvoir nunca formaram um casal monogâmico. Não se casaram e mantinham uma relação aberta. Sua correspondência é repleta de confidências sobre suas relações com outros parceiros. Além da relação amorosa, eles tinham uma grande afinidade intelectual. Beauvoir colaborou com a obra filosófica de Sartre, revisava seus livros e também se tornou uma das principais filósofas do movimento existencialista.
Se você quiser ler sobre Simone de Beauvoir pode ler cá:
http://hilda-mendoza.blogspot.com/2011/07/simone-de-beauvoir-mulher-que-marcou.html
http://hilda-mendoza.blogspot.com/2011/07/simone-de-beauvoir-seu-estilo-de-vida.html
http://hilda-mendoza.blogspot.com/2011/07/simone-de-beauvoir-segunda-onda-do.html
http://hilda-mendoza.blogspot.com/2011/07/simone-de-beauvoir-mulher-que-marcou_30.html
http://hilda-mendoza.blogspot.com/2011/08/simone-de-beauvoir-sipnose-dos-livros.html
http://hilda-mendoza.blogspot.com/2011/08/simone-de-beauvoir-sipnose-dos-livros_02.html

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