Ele era Oluparun** e só depois de comer suas carnes, deixaria de ser a Besta.
A baronesa Maria Luísa lia no seu gabinete do palacete. Vez por outra se servia champanhe, não esperava visitas e estava com uma camisola de organdi.
Ela tinha a certeza de houver fechado as portas mais ele estava ali, sombrio y taciturno. Achava que as mortes das pessoas queridas podiam ter esse efeito. Ele não falou e se aproximou... mostrou o Stradivarius... ela chamou ao Makumbe.. abreu a porta e em uma bandeja estava a cabeça do Makumbe... Suplicou... por quê?... ele matou com a daga.
Maria Luisa estava morta aos pés de Miguel Solera de Lara que seguiu os ritos conhecidos e escreve com seu sangue a palavra MISTERIO em sua testa. Também tinha matado a três escravos e duas mucamas.
Holmes e Pimenta achavam, na investigação, que o assassino visitava a baronesa desde o começo dos crimes, tudo era muito ruim para ter fome e almoçar...
Os aposentos de Holmes apareceram arrombados, sobre a cama estava “O canto do Cisne” (o Stradiviarius) com um bilhete com apenas uma palavra: goodbye.
Sherlock não tinha motivos para estar na cidade do Rio de Janeiro, desejava voltar a Baket Street. Foi a ver ao Imperador e disse que partirá no próximo navio, agradeceu a hospitalidade e devolveu o violino, Dom Pedro não aceitou, traria lhe recordações de sua amiga.
Pediu que o guardasse Holmes como um troféu do caso que não logrou resolver.
Tinham a certeza que os crimes tinham acabado.
** Oluparun:
Segundo a lenda era um negro, um orixá, as crianças ao ouvirem os cantos, assustadas aconchegavam-se no colo de suas mães. Era grande o temor por parte de todos. Negros ou brancos, todos o temiam. O grito, uma espécie de uivo, era assustador.
Na casa grande era montada a vigilância e em silêncio todos se acomodavam em seus leitos. Contava-se que na manhã seguinte à sua aparição, era certo encontrar restos de animais, quando não, o corpo de um homem (ou o que sobrava dele) dependurado numa árvore. Nada escapava de suas garras, nem mesmo mulheres e crianças...
Não se sabe ao certo quem era ou o que era, se era homem ou espírito, certo mesmo é que se tratava de algo extremamente assustador, tão terrível e mortal a ponto de causar medo até mesmo ao diabo. O desalmado era tão temido que dificilmente se ouvira o seu nome...
23. Anna Candelária e Sherlock se encontraram no Museu Nacional e Imperial. Sempre que ela tinha dúvidas sobre uma decisão ia a esse local já que tinha o silêncio das igrejas e ninguém vai.

O ambiente no porto era de tristeza, só Pimenta e Selles tinham ido.
Na mesma viagem viajaria Miguel Solera de Lara estava com um terno preto, os escravos levaram as malas. Disse que ia a morar em Londres que sempre tinha a idéia pero pelas doenças de sua mãe não tinha ido antes. Desejava ter uma livraria e estudar os clássicos. Todos o viram como um rapaz muito triste o coitadinho já que era um devotado da mãe.
O marquês se despediu de Holmes quem deu para ele um pacote de cannabis.
Watson prometeu escrever todos os casos de Holmes.

Mi de Miguel, Sol de Solera, La de Lara, Ré de Recanto de Afrodita, o nome da livraria.
Afrodita, a deusa mitológica que era venerada pelas putas, ela na concha... a vagina também era chamada de concha... jogo de palavras. Concha, a vulva onde deixou as cordas... As orelhas... orelhas de livro. Livro, livreiro. Ele abriu um lenço e lançou no mar as cartilagens que foram orelhas. Sentiu-se em paz. Levava a daga.
Dos jornais:
The Star
Falou os detalhes dos cortes, e disse que o trabalho só pôde ser feito por um demente.
The Times
Publicou uma carta de Jack, o destripador fechada em Londres o 3 de outubro de 1888.
Na carta disse que ainda não foi apressado, que fingem das pistas certas... que estava arrebentando as putas. Que o trabalho era bom e adorava o ofício e no próximo crime ia mandar à polícia as orelhas da moça.
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