sábado, 27 de noviembre de 2010

Clarice Lispector ( Ucrânia 10/12/1920 - 09/12/1977)

Nascida na Ucrânia chegou ao Brasil antes de completar os dois anos de idade. O feito da morte de sua mãe sendo muito pequena fez dela uma menina diferente. Aos nove anos escreve uma peça em três atos, "Pobre menina rica".
O “Diário de Pernambuco” dedicava uma página às composições infantis ela publica aí suas histórias. Suas atividades foram leituras, escritura e estudo. Formou-se de advogada, realizou cursos de antropologia brasileira e psicologia.
Casou-se com um colega que foi diplomata, isso fez que tivesse que viajar muito. Suas cartas mostram seu tédio.
"Na verdade não sei escrever cartas sobre viagens, na verdade nem mesmo sei viajar."
"Tenho visto pessoas demais, falado demais, dito mentiras, tenho sido muito gentil. Quem está se divertindo é uma mulher que eu detesto, uma mulher que não é a irmã de vocês. É qualquer uma."

Nasceram seus dois filhos. Com seu primeiro filho nasce também uma forma de escrever, um método de trabalho: Ela escreveu com a máquina no colo, para cuidar do filho, afirmou que, em Berna, sua vida foi salva por causa do nascimento de Pedro. Depois nasceu Paulo quem foi afilhado de Érico Veríssimo.
Seu matrimônio não deu certo e assumiu-se como mulher separada na década dos 50. Voltou ao Brasil.
Nacionalizada brasileira foi uma escritora representante do verdadeiro sentir da mulher. Expõe o sentimento desde o interior das vivências femininas.
Um acidente mudaria em definitivo seu jeito, a escritora se dormiu com um cigarro aceso, provocando um incêndio. Seu quarto ficou totalmente destruído, cairia em depressão, apesar de todo o apoio recebido de seus amigos. Dedicou-se à pintura.
Morreu no Rio, no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes do seu aniversário 57, a doença, uma súbita obstrução intestinal, de origem desconhecida, depois, disseram que foi câncer de ovário.

Sua característica pessoal foi refletida em sua obra, era fechada, questionadora, altaneira, tinha um relacionamento distanciado com os filhos. Escreveu desde a perspectiva feminina deixando nu seu interior, sua temática não foi aprovada pelos homens, para eles era temática alheia.
Logrou instalar novos paradigmas na literatura brasileira.
Uma constante na arte das mulheres é o sangrado do interior, o desgarro. Fez reflexões sobre a vida, a atividade literária e o exercício de um feminismo místico que se torna a marca de seu estilo. Seus textos nasceram no colo e têm essa característica.

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