lunes, 5 de diciembre de 2011

Jean Paul Sartre (1905-1980) 1939- 1949 - Intelectual engajado

Em 1939 Sartre volta ao exército francês, servindo na Segunda Guerra Mundial como meteorologista. Em Nancy é aprisionado no ano de 1940 pelos alemães, e permanece na prisão até abril de 1941. De volta a Paris, alia-se à Resistência Francesa, onde conhece e se torna amigo de Albert Camus (do qual já conhecia a obra e sobre quem já havia escrito um ensaio elogioso a respeito do livro O Estrangeiro). A amizade entre Sartre e Camus perdurará até 1952, quando os dois rompem a relação publicamente devido à
publicação do livro do Camus O Homem Revoltado no qual Camus ataca criticamente o Stalinismo. Sartre, defendia uma relação de colaboração critica com o regime da URSS, e permitiu a publicação de uma crítica desastrosa sobre o livro do Camus em sua revista Les Temps Modernes (crítica esta que Camus respondeu de maneira extremamente dura) e que foi a gota d´água para o fim da relação de amizade). Mas até o final da vida Sartre admirará Camus, como ele mesmo expressa nas entrevistas que teve com Simone de Beauvoir em 1974 - e que ela publicou postumamente.
Em 1943 publica seu mais famoso livro filosófico, O Ser e o Nada, que condensa todos os conceitos importantes da primeira fase de seu sistema filosófico.
Sua participação na Resistência não é aceita por todos, é reprovado por sua "falta de engajamento político" durante a ocupação alemã, alguns vêem em seus posteriores combates em prol da liberdade uma tentativa de se redimir por esta atitude.
Em 1945, ele cria e passa a dirigir junto a Maurice Merleau-Ponty a revista Tempos Modernos, onde são tratados mensalmente os temas referentes à literatura, filosofia e política. Além das contribuições para a revista, Sartre escreve neste período algumas de suas obras literárias mais importantes. Sempre encarando a literatura como meio de expressão legítima de suas crenças filosóficas e políticas, escreve livros e peças teatrais que tratam das escolhas que os homens tomam frente às contingências às quais estão sujeitos. Entre estas obras destacam-se a peça Entre quatro paredes e a trilogia Os caminhos da Liberdade composta pelos romances A idade da razão, Sursis e Com a morte na alma.
No período mais prolífico de sua carreira escreve ainda várias peças de teatro e ensaios.

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